domingo, 12 de junho de 2011






Esta manhã me pareceu de longe - ou diria eu de perto? - um pouco filosofal. ( Tolice? Não sei...)
O dia amanheceu frio, custei me levantar, e com esse meu custo me vi sentada em uma cadeira, olhando os ponteiros de um relógio de cozinha, à espera do tempo passar.
De forma estranha vi um papel caído em minha frente com um "A" maiúsculo em letra de mão. Logo comecei a imaginar quantas histórias diferentes poderiam se traçar nele.
Tentei de mil maneiras imaginar como as traçaria, se pudesse. Como é árduo tentar escrever o que manda o pensamento e ser-lhe fiel, as palavras traem, parecem não combinar e disso conclui-se por quê fico tanto tempo sem o fazer.
Viajei por alguns minutos em pensamentos que me deram a impressão de horas passadas, e como quando dormindo, despertei com uma voz, que me chamava para o real.
Meio que sem entender a lógica do tempo, descobri que era só mais uma quinta- feira às 7:20 da manhã.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

De volta.








Você deve se perguntar: " De volta? "
Sim.. De volta tudo aquilo que já me fez bem, de volta de uma outra forma.
Em forma de saudade, em forma de falta.
Falta de não precisar tentar confiar em você, falta de sentir o aroma que me lembra as ruas que passamos. Risos parecidos com o seu, ainda me fazem rolar a cama de tanto rir, e depois inchar de tanto chorar..
Como quando corríamos pelas pradarias competindo, parece que você agora compete em deixar presente essa cavidade em mim.
Você mudou, cortou os cabelos, nem parece o mesmo algum tempo atrás. Contudo, eu ainda consigo decifrar os teus sorrisos.
Sua pele dourada, sob a luz, nem parece mais cintilar da mesma forma, contudo salva-se tua respiração, sim eu a posso sentir à quilómetros.
Alguns perguntam se é amor, eu digo que é muito mais, é o amor imperfeito mais perfeito do universo, a amizade.
Como viver sem ouvir teu coração? Como ser feliz sabendo que você pode ter ódio de mim?
E mesmo com toda beleza do meu sentimento, peço-lhe somente o que eu puder; Não me esqueça num canto qualquer..

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Vai, me fita. To esperando! Vai, me encara. Ah que isso, para de ser morno, chega! Corra atrás do que quer, vai. Mais uma vez? Ah.. tolice! Quero um banho d'água.. É disso que você também precisa, refrescar um raciocínio, pois como diria Clarice Lispector; Ou toca, ou não toca. Que tal uma atitude? Vamos, me diz, meu bem.. Precisa vir de você.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Éramos nós.


Algo me movia a estar com você, algo ainda me move, porque parece que nunca mais vou sentir o que senti por você.. Sim, eu tentei. Diziam que éramos loucos, e por que não? Você transformou o individual em nós, e fez notícia à todos sobre o nosso amor. Por algum tempo tive medo de me entregar à página mais perfeita da minha vida, mas você me fez ver, na verdade, você me fez não ver, não pensar.. Você me fez te amar. Natural como uma gota de orvalho, fui me atraindo cada vez mais à você. Discutíamos desenhos em nuvens, desenhávamos no nosso céu as estrelas que ainda brilham. É, Você me fez bem.. Você me fez muito bem. Nas minhas nítidas lembranças, você ainda é metade de mim, e mesmo que ninguém saiba, que ninguém entenda, eu sei que você sente. Não posso dizer que você entenda, mas sim que você sente, dá pra ver nos olhos, dá pra sentir a energia que nos atrai cada vez que nos vemos. Eu tentei outro amor, mas era apenas amor, não éramos nós.. Na realidade acho que ainda procuro por nós. Continuo à viver em um mundo onde falta você pra dar cores.

Quase.


Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer ir no parque? A temporada tá acabando…”. Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. (Caio F. Abreu)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Tenho amontoado pensamentos e mais pensamentos, que me levam à olhos marejados de lágrimas. Não creio que valha a pena.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Só mais uma vez.



Sentia-me cansado de ver aquela cena se repetir. Sentia-me impotente outra vez, sabendo que não seria a última. Eu desejava somete vê-la feliz, livre daquilo que a rodeava. Seria bem menos complexo, se ela deixasse aquele torpor e conseguisse decidir por si mesma. Por mais que ela quisesse, parecia ser mais forte do que ela, e então, como sempre, depois de tudo, viria aquele misto de confusão e vergonha perante tanta fraqueza. Eu podia ouvir seu coração acelerar quando tudo estava por vir. Era tempo também das paredes ecoarem seus pensamentos, isso a deixava ofegante, irritada, odiava ser transparente, mas odiava mais ainda não ter de onde tirar fortaleza. Ela jurava que tudo agora seria diferente, mas na realidade, era só mais uma vez.