quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Precioso amigo.

Talvez eu tenha demorado muito pra perceber, talvez nem seja mais tempo, mas eu queria te dizer. Eu queria te dizer que sempre quis que você corresse comigo na rua, que se deitasse à luz das estrelas e ouvisse como foi o meu dia. Você sempre esteve disposto à me escutar, mas na maioria das vezes, era eu que não estava disposta. Você não teve todas as regalias que um cachorro amado poderia ter, e te peço até perdão, mas você foi em tempos a coisa mais preciosa que esta casa já teve, e embora não pareça, você foi nosso anjo protetor, que todas as noites nos guardava, mesmo ninguem sabendo que você era o cão mais dócil do mundo. Eu oro por você, e espero que saia dessa, espero somente que você não sofra, pois algum dia eu acredito que irei retribuir todo esse amor ao meu anjo da guarda, chamado Ted.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Virtude.


Mamãe sempre me dizia: Paola, nunca se esqueça, tenha virtude.
Desde que ela adoecera, eu procurava entender o significado desta palavra que me parecia, de todas as maneiras, tão complicada.
Ao lado de meu fiel companheiro, penetrava nessa nova jornada.
Dicionários, livros, nada me ajudava, nada relembrava aquele jeito que mamãe procurava me transmitir.
Ela dizia que com virtude, eu poderia ir onde quisesse. Com virtude, eu poderia viajar até para a "terra do nunca".
Ando constantemente à procura desse significado. À cada dia passado, minha vontade cresce, minha necessidade de mostrar para mamãe que posso ser virtuosa, aumenta. Aumenta mais, mais e mais.
Ela precisa melhorar, eu preciso tanto dela, eu preciso tanto que ela me ajude a descobrir essa tão dita virtude..
Ted me passa calma, Ted me passa paciência, preciso de paciência, tanto pra entender que mamãe precisa dessa calma, quanto pra me dar perseverança para continuar nessa busca, que pode durar toda uma vida.

Dedico ao meu precioso amigo, Ted.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O dia.



Por toda fragilidade do momento, me vi ali, sem saber o que pensar, sem saber se haveria algo que eu pudesse fazer.
Ainda conseguia ver tudo que vivi através de cada ruga.
O tempo me fora cruel, e roubara muitas coisas que eu diria, com convicção, insubistituíveis.
Aquela moça, que tinha sonhos e vivia à sonhar com aqueles belos filhos e uma grande família, talvez esquecera de si mesma há muito tempo, e quando percebeu, viu sonhos vencidos em um passado que nunca retornaria.
Talvez só hoje, olhando para o espelho, ela tenha se lembrado de quem é, ou um dia quis ser.
Sim, eu.
Deveria ser o pior dos dias, mas o telefone tocou.
Algo me alegrou muito, alguém que tinha uma missão maior, disse-me para nunca esquecer de quem eu acredito que serei. E hoje, com toda essa bagagem e dúvidas, eu percebi que ainda posso fazer tudo que sonhei, que nunca é tarde para recomeçar e perceber que você é o valor maior que pode ter.