terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O dia.



Por toda fragilidade do momento, me vi ali, sem saber o que pensar, sem saber se haveria algo que eu pudesse fazer.
Ainda conseguia ver tudo que vivi através de cada ruga.
O tempo me fora cruel, e roubara muitas coisas que eu diria, com convicção, insubistituíveis.
Aquela moça, que tinha sonhos e vivia à sonhar com aqueles belos filhos e uma grande família, talvez esquecera de si mesma há muito tempo, e quando percebeu, viu sonhos vencidos em um passado que nunca retornaria.
Talvez só hoje, olhando para o espelho, ela tenha se lembrado de quem é, ou um dia quis ser.
Sim, eu.
Deveria ser o pior dos dias, mas o telefone tocou.
Algo me alegrou muito, alguém que tinha uma missão maior, disse-me para nunca esquecer de quem eu acredito que serei. E hoje, com toda essa bagagem e dúvidas, eu percebi que ainda posso fazer tudo que sonhei, que nunca é tarde para recomeçar e perceber que você é o valor maior que pode ter.

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