quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Talvez se chamasse ciúmes.


Ninguém nunca o entenderia, o chamariam de louco, psicopata, bipolar, inconstante.. Ninguém nunca saberia o porque de tanto escândalo, tanto silêncio, tanto masoquismo.
Na verdade, não era masoquismo, de algum ponto de vista poderia até ser loucura, mas para ele não.
Ele só a considerava como o oxigênio que o fazia respirar, só a chamava de sua vida, só a amava mais do que a si mesmo.
Ela nunca saberia a proporção desse amor, nem o esforço que ele fazia para o fluxo de pensamentos ruins sair de sua mente quando a via dando mais atenção à outra pessoa. Ela nunca saberia como cada palavra dita, cada olhar de incompreensão ardia mais um pouco aquela ferida.
Era automático, seu comportamento se alterava e não era difícil entender o porque dela se afastar cada vez mais dele. O difícil realmente era entender o motivo de sua loucura, até porque, pelo seu julgamento, ninguém nunca entenderia esse amor, amor doentio.
Tudo nele mudava, a feição, a pressão, e em sua mente tantos flashes, tantas ideias, tantas decisões, tantas coisas que ele praticamente inventava ver.
Ele simplismente não suportava não receber a atenção dela completa o tempo inteiro, e a perder poderia resultar em morte, morte do coração, morte da mente, morte até mesmo do corpo.
Muitos diziam que ele tinha um buraco no lugar do coração, mas na verdade, ele tinha o coração com o amor mais amargo já conhecido, o amor que vai além de qualquer orgulho tolo, que vai além do amor próprio, amor que pode machucar, amor que pode destruir, o único capaz disso; O ciúmes, como o espinho de uma rosa, ao tocar numa pele delicada, o sangue escorria em seus pensamentos, ele a queria.

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